vc sabe o que é maracatu?
O Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação é uma brincadeira popular
urbana de forte cunho religioso, encontrada no Recife, Pernambuco. É uma
manifestação de origem africana inserida no ciclo carnavalesco.
Simboliza, entre outras coisas, a coroação dos reis do Congo, feita em
forma de cortejo. O cortejo é composto por uma orquestra de percussão,
formada por alfaias, abês, ganzás, atabaques, taróis e gonguê, além de
uma voz solo e o coro de vozes. Participam ainda diversos personagens da
corte real (rei,rainha, escravos, vassalos, etc.). Os Maracatus são
mantidos de geração a geração pelo esforço dos integrantes das
comunidades. A Nação Estrela Brilhante do Recife é uma dessas
comunidades, localizada no bairro do Alto José do Pinho, que completou
cem anos de fundação no último dia 16 de julho.
Maracatu de baque
virado, que é uma manifestação regional do nordeste brasileiro. Surgido
em Pernambuco por volta de 1700 quando os escravos trazidos da África,
na tentativa de manter suas origens religiosas, realizavam seus cultos e
cerimônias, o maracatu é hoje uma das principais manifestações
culturais do Estado. Com origem nas cerimônias de coroação dos “Reis do
Congo”, em que cada uma das tribos africanas trazidas para o
Brasil(chamadas nações africanas) coroava ou confirmavam ao seu rei o
papel de líder interno das comunidades escravas. Diplomaticamente ao fim
estas coroações e em datas festivas, os negros em procissão visitavam
as autoridades portuguesas, incluindo a igreja católica. Aqui no Estado
de Santa Catarina o maracatu de baque virado teve como marco inicial a
visita em Fevereiro de 2002 de Nêgo Véio, batuqueiro do grupo Trovão de
Minas de Belo Horizonte, e outras que foram ocorrendo dentre elas a
oficina do mestre Walter de França, regente da Nação Estrela Brilhante
do Recife, Mestre Chacon da Naçao do Maracatu Porto Rico, Mestre Afonso
da Naçao Leao Coroado.
Em Recife, Pernambuco o Maracatu é uma
manifestação que já nasce dentro das pessoas, desde pequeno já se ouve,
se vê na rua, se vive o Maracatu. Recife é uma capital, um grande
centro, e como todo grande centro há uma grande periferia, regiões de
exclusão social, uma pobreza enorme, e de uma certa forma as pessoas
envolvidas com o Maracatu, que levam uma vida muito sofrida, quando
estão tocando o seu tambor liberam uma felicidade e alegria que em
nenhum outro rosto se registra. Mesmo com todos os seus problemas de
vida, financeiros e sociais, eles tem a oportunidade de trabalhar o seu
lado artístico, não vêem apenas a marginalidade como saída, e sim amam o
que fazem.
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